Guia de turismo denuncia placa instalada na Pedra da Gávea com suposto recorde de subida: 'Vai virar um letreiro'

Parque Nacional da Tijuca informou que irá investigar autoria do vandalismo e diz que infrações ambientais como esta estão sujeitas a multas que variam de R...

Parque Nacional da Tijuca informou que irá investigar autoria do vandalismo e diz que infrações ambientais como esta estão sujeitas a multas que variam de R$ 500 a R$10 mil. Guia de turismo denuncia placa instalada na Pedra da Gávea com suposto recorde de subida Um guia de turismo publicou um vídeo, que viralizou nas redes sociais, denunciando a instalação de uma placa na Pedra da Gávea, localizada dentro do Parque Nacional da Tijuca (PNT), na Zona Sul do Rio. Na segunda-feira (7), Marcos Rabello e outros colegas de trabalho encontraram a estrutura. Na placa, havia os supostos recordes de uma pessoa chamada "Flávio Lemos", como o tempo e a quantidade de vezes que teria realizado o feito, datada com o ano de 2008. "A gente está de cara com essa placa de ferro. Aqui, ó: ano 2008, Flávio Lemos, 270 subidas, melhor tempo em 44 minutos. Como assim, galera? Parabéns ao cara, mas não é o melhor tempo, não foi a maior quantidade de subidas, e se todo mundo começar a colocar placa na pedra, isso aqui vai virar um letreiro. Com todo respeito", disse Rabello no vídeo. Indignado com a situação, o guia resolveu gravar um vídeo denunciando o vandalismo. Como a Pedra da Gávea fica dentro de uma Unidade de Conservação, o PNT informou que irá investigar a autoria e que o ato se trata de uma infração ambiental, sujeita a multas que variam de R$ 500 a R$ 10 mil. Indignado com a instalação, Marcos compara o ato com poluir a trilha, jogando lixo no chão. "Imagina, se eu chegar no topo de uma montanha e colocar uma placa lá porque subi em tal hora. Aí amanhã, o Gustavo de não sei de quê vai colocar outra placa. Depois, o José da Silva vai colocar outra placa. Não dá, né? Você está poluindo lá em cima. Qual é a diferença entre jogar lixo na trilha e colocar uma placa de metal?", questiona o guia. Marcos disse que, assim que postou o vídeo, resolveu retirar a placa com os colegas trilheiros. Parque Nacional da Tijuca diz que infrações ambientais como esta estão sujeitas a multas que variam de R$ 500 a R$10 mil. Reprodução O que dizem as autoridades Em nota, o Parque Nacional da Tijuca informou que, após verificação, constatou que a placa não se encontra mais no local. Por meio das imagens de redes sociais, a fiscalização da Unidade de Conservação irá avaliar a possibilidade de identificar o infrator para possível notificação/multa sobre o vandalismo. "É importante reforçar que o vandalismo, como pichação e instalação/retirada de estruturas não autorizadas dentro da Unidade de Conservação, são expressamente proibidos e constituem infração ambiental, sujeita a multas que variam de R$ 500 a R$ 10 mil", informou o PNT.