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Na reta final das eleições, Kamala e Trump visitam estados-chave para tentar vantagem em disputa indefinida

Pesquisas apontam disputa acirrada entre os candidatos. Sete estados, que não têm preferência clara por republicanos ou democratas, serão responsáveis por ...

Na reta final das eleições, Kamala e Trump visitam estados-chave para tentar vantagem em disputa indefinida
Na reta final das eleições, Kamala e Trump visitam estados-chave para tentar vantagem em disputa indefinida (Foto: Reprodução)

Pesquisas apontam disputa acirrada entre os candidatos. Sete estados, que não têm preferência clara por republicanos ou democratas, serão responsáveis por decidir o pleito. Os candidatos à presidência dos EUA Kamala Harris e Donald Trump. Nathan Howard, Jeenah Moon/ Reuters A duas semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump estão se concentrando em visitar os chamados estados-chave para tentar desempatar a disputa — conforme mostram as pesquisas mais recentes. Os estados-chave são aqueles que não demonstram preferência clara por republicanos ou democratas ao longo de diferentes eleições. Como o voto no país é indireto, e todos os delegados de um estado vão para um único candidato, os estados-chave — ou estados-pêndulo — são vistos como os responsáveis por decidir o pleito. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp Nesta segunda-feira (21), Kamala Harris esteve na Pensilvânia. Ela ainda passará por Michigan e Wiscosin, no leste do país, acompanhada da ex-congressista republicana Liz Cheney, filha do ex-vice-presidente Dick Cheney e adversário ferrenha de Trump. O democrata visitou áreas devastadas pelo furacão Helene, na Carolina do Norte. Em uma parada nas montanhas atingidas pelo furacão, ele pediu aos apoiadores que fossem às urnas, apesar das dificuldades que estavam enfrentando. Completam a lista de estados-chave Arizona, Geórgia e Nevada. Empate nas pesquisas De acordo com a Agência France-Presse (AFP), as pesquisas para as eleições presidenciais nos sete estados-pêndulo publicadas nesta segunda-feira pelo New York Times continuam indicando uma disputa ombro a ombro entre os dois adversários. O resultado é o mesmo resultado de outro levantamento realizado pelo Washington Post: 47% têm intenção de votar em Kamala e 47%, em Trump. Segundo a agência, dados publicados nesta segunda mostram que a equipe de campanha de Kamala gastou 270 milhões de dólares (R$ 1,5 bilhão) em setembro, contra US$ 78 milhões de Trump (R$ 445 milhões). A vice-presidente, que fez 60 anos no domingo (20), arrecadou mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,7 bilhões) desde que entrou em campanha em julho, após a desistência do presidente Biden, algo nunca visto para um trimestre, segundo o New York Times. Leia também: Por que guerra no Oriente Médio decidirá eleição presidencial em cidade nos EUA Elon Musk x Mark Cuban: bilionários aparecem ao lado de Trump e Kamala e agitam reta final ANÁLISE: Comportamento vulgar de Trump levanta novas especulações sobre sua saúde mental Ataques de lado a lado Nesta segunda, conforme a agência Reuters, Harris e Trump transmitiram mensagens radicalmente diferentes na campanha. Kamala argumentou que o republicano era uma ameaça à democracia. À medida que a eleição se aproxima, ela está intensificando os ataques à aptidão de Trump para o cargo, muitas vezes chamando-o de "instável" ou "desequilibrado" e questionando seu temperamento. "Em muitos aspectos, Donald Trump é um homem que não leva a sério seu papel, mas as consequências dele na presidência são extremamente graves", disse Harris, em um evento em Malvern, na Pensilvânia, um dos estados decisivos da eleição de 5 de novembro. Trump, de 78 anos, frequentemente rejeita qualquer noção de que ele é uma ameaça à democracia. Ele argumenta que os democratas são a verdadeira ameaça por causa das investigações criminais contra ele e seus aliados pelas tentativas de reverter sua derrota nas eleições de 2020. Na Carolina do Norte, o republicano renovou suas críticas à agência de gerenciamento de emergências (Fema, na sigla em inglês) e procurou se relacionar com os apoiadores da classe trabalhadora, elogiando seus esforços. A visita de Trump à Carolina do Norte coincidiu com preocupações entre seus aliados republicanos sobre os danos causados pela tempestade Helene, que podem diminuir a participação eleitoral nas regiões montanhosas conservadoras do estado. "Claro que queremos que eles votem, mas também desejamos que vivam bem e sejam felizes, pois isso é uma tragédia", disse Trump durante uma parada de campanha em Swannanoa, que possui cerca de 5,3 mil habitantes, após visitar áreas devastadas pela tempestade. Com as pesquisas de opinião mostrando uma disputa acirrada, os dois candidatos estão acelerando o ritmo e suas agendas de campanha destacando a importância de pequenos bolsões de eleitores que podem colocar qualquer um dos candidatos no topo. Nos últimos dias, enquanto Harris tem sugerido que Trump é inadequado para o cargo, o ex-presidente questiona a competência do governo Biden, de quem Kamala é vice. EUA: eleitores se preocupam com comportamento de Trump e honestidade de Kamala